Orson Peter Carrara
Na suavidade do livro Evangelho e Vida, composto de mensagens de diversos espíritos, recebidas no Lar de Tereza (Rio de Janeiro-RJ e que pode ser acessado pelo portal www.lardetereza.org.br ), vamos encontrar valorosas mensagens. São 40 capítulos de grande inspiração e profundidade, que fazem pensar, confortam, ensinam, orientam.
Usamos referida obra, já à alguns anos, em nosso Evangelho no Lar, pelo impacto positivo que sempre despertou em nossa sensibilidade, admirados pela leveza e ao mesmo tempo sabedoria das compactas mensagens, saturadas de sabedoria e espiritualidade.
Valho-me do capítulo 11 – Cultivemos a misericórdia, onde o Espírito Icléia, inspirando-se no trecho de Mateus – Bem-aventurados os misericordiosos, valoriza a divina virtude com considerações compactas sobre essa conquista que ainda havemos de fazer. Compara-a, logo de início, à luz dissipando as trevas, à oração, ao silêncio, considerando que ela alivia e alenta a alma. Inicia o capítulo, aliás, afirmando que “Misericórdia é entendimento elevado ao nível do amor” e que devemos cultivá-la “(…) como flor perfumada e preciosa, cujo aroma nos revigora por nos despertar a confiança nos valores indestrutíveis do bem. (…)”.
E convida em seguida:
“(…) Criemos em torno de nós um clima de paz e doçura, cultivando em nosso coração a compaixão, a bondade, a doçura e a compreensão (…)”, comparando essa iniciativa a um autêntico Programa de PAZ, que consideramos muito inspirado para dar título à presente abordagem.
E considera, porém, com muita propriedade:
“(…) Todo esforço dispendido nessa direção, significa expansão da luz que, brotando de nós, atingirá aos que nos cercam, a todos beneficiando (…)”.
Mas adverte:
“(…) é necessário que identifiquemos os pensamentos ou sentimentos que nos surgem como intrusos, roubando-nos as disposições íntimas para compreender e perdoar. Eles são facilmente detectáveis. Insinuam-se sob forma de críticas ou reprovações, trazendo sempre os germes da desunião. (…)”.
Embora sábia e profunda, a mensagem é suave. E reafirma para estarmos atentos, observando a nós mesmos e que abramos espaços para a tolerância, ampliando as potencialidades do entendimento, já que os que estão próximos de nós são tão frágeis quanto nós mesmos, pois que agindo assim facilitaremos que a misericórdia de Deus – que sempre nos acompanha – seja mais percebida pela nossa ainda frágil sensibilidade. Exatamente para que tenhamos paz!
Busque o livro, leitor. Você terá um tesouro em casa. As lições são, eu repito, profundas e suaves.
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