Centro Espírita Vinhas do Senhor
Vivemos uma fase que muito lembra a Idade Média: a fase onde as ideias estão sendo sufocadas; fase em que a religião tem que dar seu testemunho de sangue; fase em que os países tem que suportar a tirania no poder.
Guardadas as devidas proporções, com todo o avanço tecnológico e social alcançado pela humanidade, barbárie e despotismo ainda perduram em nosso meio tirando a tão sonhada paz que tanto almejamos.
A explicação para acontecimentos deste tipo pode estar na Lei de Causa e Efeito, que ajusta todos os seres de acordo com sua semeadura. Hoje, os cristãos degolados pelo Estado Islâmico podem ter sido os antigos inquisidores de séculos atrás que, pela intolerância religiosa, cometeram os mesmos erros. Os homens e mulheres que pereceram pela fumaça tóxica em diversos acontecimentos pelo mundo podem ser aqueles mesmos nazistas que usaram esta prática para aniquilar os judeus na Segunda Guerra Mundial. Muitos cristãos, nos dias atuais, estão perecendo nas mãos intolerantes do E. I. através do suplício da crucificação, talvez pelo fato de no passado longínquo terem utilizado desta prática para punir os ladrões. Em suma, ainda ocorrem fatos lamentáveis no nosso dia a dia, tal qual séculos e séculos atrás. Se a explicação é a Lei de Ação e Reação (Causa e Efeito), teoricamente nunca viveremos em paz porque existirá sempre um elemento a se comprometer perante a Lei para corrigir outro e esta cadeia nunca terminaria.
Acontece que estamos vivenciando uma fase de transição, o dito “final dos tempos” onde está acontecendo a “separação dos bodes das ovelhas”. Nesta fase, já fora previsto há muito tempo atrás, haveria muito “pranto e ranger de dentes”.
Mas não é somente uma fase de dor e dificuldades, é uma fase de conscientização, de perdão, de amor e de trabalho. O perdão quebra as cadeias que nos prendem ao passado delituoso e nos liberta para novas conquistas do Espírito. O trabalho deve ser direcionado para a orientação, educação e esclarecimento daqueles que ainda precisam acordar para a realidade da grandeza existencial, libertando-se da crisálida carnal e dando espaço para expansão do pensamento e da moral. Portanto, a mudança não se dará sem trabalho constante e exemplificação do bem, do amor, da caridade, da honestidade e do perdão.
Como as leis que nos regem respeitam sempre nosso livre arbítrio, quando a humanidade obter o direito a uma vida pacífica, os Espíritos ainda atrasados que não se encaixam neste contexto serão exilados para mundos compatíveis com sua evolução. Não esperemos que somente com o exílio destes irmãos que o mundo se transformará. Pensemos que somente isso acontecerá quando tivermos o merecimento de viver em paz, merecimento este que só pode ser alcançado com esforço, superação e disciplina no bem. Se ainda existem corruptos, assassinos, estupradores e déspotas em nosso meio é porque ainda carregamos resquícios destas características em todos nós, que devem ser extirpadas o mais rápido possível para que as mudanças que tanto almejamos comecem a acontecer mais rapidamente.
Sem o perdão o processo não se desencadeará como deveria. Sem o trabalho e a disciplina, pouca coisa mudará, sem o sacrifício do exemplo poucos terão em quem se inspirar e aprender. Não esperemos mudanças fáceis, mas façamos a mudança com as ferramentas que dispomos. Ao dar o primeiro passo em direção ao trabalho, o Pai logo nos colocará a “enxada” nas mãos. Lá na frente, então, um dia, “veremos o solo preparado e os pomares cheios de frutos”.
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