Não seja pesado a ninguém.

Valdenir de Paiva Baggio

 

“Não seja pesado a ninguém”. Este, para mim, é um dos maiores exemplos que Paulo de Tarso nos legou. Onde ele ia, levava consigo o seu tear, que proporcionava tecer os tapetes que lhe proveriam o sustento em suas viagens.

Fazia questão de trabalhar para prover seu sustento onde quer que fosse, para não ser um peso a ser sustentado por outras pessoas.

O exemplo de Paulo vai mais além do que aparenta. Mostra com isso uma desenvolvida empatia, antevendo as dificuldades (que eram extremas) que geraria se outros tivessem que pagar por suas despesas, o que não deixa de ser uma extensão do seu amor, carinho e respeito para com o semelhante.

Mostra-nos que, apesar das adversidades, dá pra se trabalhar por si e pelo próximo, fazendo o bem indistintamente sem ter que ser financiado por absolutamente ninguém. Exemplifica-nos que o Cristianismo é a mais perfeita conexão do amor vivido pelo Cristo para os homens e pelos homens, sem pedir nada em troca, espontâneo em suas ações e puro nas suas intenções.

Ensina-nos que devemos ser fortes, disciplinados, obstinados e trabalhadores ativos na tarefa que nos compete, sem a necessidade de tornarmo-nos um peso nos ombros alheios.

À medida que nos tornamos fortes espiritualmente e amadurecidos pela experiência, a carga de trabalho na doutrina se acentua naturalmente e não identificamos o peso das tarefas que abraçamos. Quanto mais independentes do auxílio do próximo, mais preparados ficamos para nosso trabalho na programação do Alto.

Deixemos de ser “crianças espirituais” que precisam ainda ser cercadas de atenção e constante auxílio, para sermos “adultos espirituais” sabedores da tarefa que nos compete e da responsabilidade de nossas realizações.

Não sejamos pesados a ninguém!