Já tinha ouvido comentários sobre este filme e, por indicação, incluímos ele em nossa videoteca.
Quase cinco anos depois resolvi assisti-lo.
Não sei que “magia” existe por trás deste filme antigo, em preto e branco, quase ingênuo, mas que contém uma pureza que nos sensibiliza.
Talvez por vivermos uma vida diferente, mais agitada, com menos convívio, muita informação, pouco tempo para reflexão é que, ao reduzirmos nosso ritmo para acompanhar um simples filme antigo, nos emocionamos às lágrimas por gestos, palavras, olhares e expressões que tanto nos fazem falta nos dias atuais.
Admito que o jeito ingênuo do menino, sua pureza, sua educação, suas travessuras e sua carência trouxeram à tona sentimentos antigos, represados, esquecidos, adormecidos e, não sei explicar, parece que me sinto agora renovado, fortalecido, inspirado, consolado e animado a seguir a vida em paz.
Talvez a parte mais emocionante, todos irão concordar, seja a que ele se encontra com Jesus, mas para mim, todas as tomadas em que o rosto do menino é enquadrado expressaram um algo mais do que dezenas de outros filmes poderiam me dizer.
Em um universo novo em que vivemos, em que os valores estão deturpados, em que a desonestidade e falta de caráter se fazem intrínsecas, em que a moral e os bons costumes se eclipsaram, assistir um filme como este é como encontrar um oásis no próprio deserto.
Poucos concordarão com minhas palavras, acharão um filme monótono, chato e sem graça. Isso porque este filme foi feito para ser assistido com o coração.
Se você ainda tem um, assista-o. Não irá se arrepender.
Boas lágrimas… que elas limpem seu coração e renovem sua fé.
Valdenir
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