Orson Peter Carrara
O Espírito André Luiz, pelo médium Antonio Baduy Filho, no livro Vivendo o Evangelho, volume I faz importante advertência. A obra foi editada pelo IDE-Araras e consta de dois volumes, ambos comentando os capítulos e trechos de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Baduy, o médium, é muito conhecido, é médico e trabalhou muito tempo ao lado de Chico Xavier, recebendo a primeira mensagem do referido espírito em 1969. Os Espíritos Valérium e Hilário Silva também psicografaram por Baduy.
E no volume I, comentando a Introdução (os dois volumes comentam todo o citado livro da Codificação), às páginas 32 e 33 da 1ª edição, encontramos com o título Adversário Íntimo, diversas frases relacionando as dificuldades enfrentadas por Jesus e por Kardec na tarefa a que se propuseram, cada um a seu tempo e com objetivos específicos e em situações e tempo diferentes, mas para ambos marcados pela incompreensão.
A advertência está no último parágrafo. Todavia, transcrevemos os dois últimos parágrafos da importante lição, para nossa melhor fixação:
“(…) O Mestre da Boa Nova e o Professor da Nova Revelação colheram adversários declarados, durante a missão sublime de anunciar e restabelecer as verdades divinas.
De nossa parte, guardemos vigilância e fidelidade aos ideais, para que não nos transformemos, por negligência ou arrogância, em adversários íntimos da causa que abraçamos, recordando que Jesus foi traído pelo discípulo do Evangelho e Kardec tem sido negado por aqueles que mais dizem honrar a Codificação Espírita.”
É muito grave a advertência do autor espiritual e precisamos mesmo estar muito atentos para não sermos protagonistas autores ou alimentadores dessa negação do contido na Codificação que nos conclama ao bom senso e ao uso do discernimento nas questões doutrinárias e mesmo na condução das instituições a que nos vinculemos, pois que a ausência de vigilância ou nossa negligência e mesmo a arrogância (termos utilizados pelo espírito) não sejam causa de divisões e prejuízos aos objetivos da presença do Espiritismo no planeta.
Precisamos ou não de atenta observação de nós mesmos ao invés da observação sobre o comportamento alheio?
Sim, porque como raciocina o autor, podemos nos transformar em adversários íntimos da causa que abraçamos.
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