Na carta de desfiliação ao PT, entregue pela Senadora Marta Suplicy na terça 28 de abril/15, conforme noticiou o portal G1, por razões bem conhecidas e amplamente divulgadas pela mídia, diante dos fatos vergonhosos e imorais ligados ao citado partido em investigação, há uma frase marcante que merece nossa maior atenção:
Em determinado trecho da carta diz o texto: “(…) Ao tentar empenhar-me numa linha de providências, fui isolada e estigmatizada pela direção do partido (…)”. A atitude corajosa da senadora, na observação transcrita parcialmente, mostra uma de nossas grandes imperfeições humanas, sempre presente nos tensos relacionamentos regidos pelos interesses egoístas e contaminados pela ambição.
Não estou envolvido com política partidária, não sou desse ou daquele partido, não defendo nenhum deles – justamente por não partilhar ou concordar com os vergonhosos acordos de interesses –, mas a frase de Marta faz pensar no que ocorre com aqueles que tentam liderar mudanças, alterar paradigmas ultrapassados ou levar adiante alguma ideia ou ideal que melhore a sociedade com honestidade (e não me refiro a Marta, mas à circunstância citada pela Senadora), é sempre interrompido ou perseguido, massacrado pela intriga, isolado ou deixado de lado. Há vários exemplos na vida humana, em todos os tempos e nos variados setores da sociedade humana. No Brasil, por exemplo, a proposta do imposto único, engavetada há anos, porque não interessa…
Na história humana, o próprio Cristo crucificado pelo jogos dos interesses. Não é preciso ir além desse magno exemplo. Muitos outros podem ser citados, mas o maior deles já basta para mostrar como ainda somos medíocres.
Basta alguém se destacar em qualquer área, basta surgir proposta de mudança que beneficie a coletividade com isenção, contrariando interesses isolados, pronto! Lá está a intriga, o isolamento, a perseguição, como ocorreu com Mandela, com Madre Tereza, com Luther King e com tantos outros que poderiam ser citados.
Pois exatamente esses exemplos marcantes da história chegam ao interior das empresas, nos relacionamentos onde imperam ainda a inveja e o ciúme, os interesses marcados pelo egoísmo ou pela ambição, tão em andamento na atualidade.
Infelizmente. Estamos apenas adiando uma felicidade maior, um bem estar coletivo que poderia ser vivido por todos. Ao invés de pensarmos na coletividade, ainda valorizamos o que é efêmero, passageiro, ilusório. Deixamos de lado os valores sólidos das virtudes…
A crise do país é uma crise moral! Inversão de valores que degradam a vida humana.
Felizmente, porém, Deus criou a figura materna. Ela é capaz de alterar esses dolorosos casos, quando também souber trazer ao coração dos filhos tenros as noções do dever e do respeito à vida, para termos no amanhã adultos saudáveis que respeitam a vida e os semelhantes.
A crise moral em andamento é falha da educação. Ainda somos pais e mães egoístas que pensamos serem os nossos filhos melhores que os filhos alheios, estimulando-os a tirarem vantagem, a serem mais espertos, a pensarem mais em si que nos outros. Isso gera o quadro triste da imoralidade reinante.
Mas o Dia das Mães nos convida novamente a sermos pais e mães diferentes, aqueles que constroem a solidariedade e o amor no coração dos filhos, semeando as virtudes da confiança em Deus e do respeito a vida, para honrarmos nossa condição de filhos de Deus!
Ao invés de nos postarmos como vigilantes da vida alheia e iludidos em busca de poder, voltemos os olhos aos verdadeiros interesses da preciosidade de viver: a construção interior do amor e da postura moral coerente com nossa condição de cristãos!
Comment here