Orson Peter Carrara
Se você está saudoso de um bom filme, vá ver o filme Como eu era antes de você, em exibição nos cinemas. Deixo de acrescentar dados gerais, como sinopse, nomes dos atores e diretores ou outros detalhes da produção porque facilmente encontráveis na internet.
Além de uma história leve e bonita, música de bom gosto, e bem adiante do romantismo próprio da trama apresentada, o filme faz pensar e refletir sobre vários ângulos da existência humana.
Para quem aprecia aprender com as tão marcantes e diferentes experiências e lições que a vida apresenta diariamente, indo à frente das cenas e ampliando o raciocínio para os dramas e anseios humanos, o filme desperta emoções vivas de solidariedade e de gratidão por tudo que detemos, pelo que somos, da família que estamos integrados.
Por outro lado, questões graves como o suicídio, a eutanásia, o egoísmo, a fraternidade legítima e a espontaneidade nas relações, bem como os apegos, os condicionamentos e mesmo os traumas, medos, insegurança, ou em outro extremo, a determinação, a vontade, a decisão, ali estão expostos de modo peculiar.
Gostei muito do filme. Levou-me a pensar na solidão, na gratidão à vida, no valor dos relacionamentos, nos apegos e desapegos, na importância de valorizar cada detalhe que nos cerca e mesmo do tesouro precioso que é nosso corpo e das pessoas que convivem conosco. Emocionei-me ao pensar naqueles que se deixam abater e equivocam-se com a ilusão do suicídio, que não resolve e só agrava os sofrimentos. Aliás, suicídio é uma questão a parte, merecedora de nossa maior atenção para que estendamos as mãos da solidariedade aos que que desistam de lutar.
Há uma pergunta no filme, diante dos desafios enfrentados pela graciosa personagem que diverte o público pela espontaneidade, feita ao pai num momento de grande dificuldade: O que fazer? A pergunta abre enorme perspectiva que se aplica a todos nós diante dos desafios comuns da simples experiência de viver.
Veja o filme, prezado leitor ou prezada leitora. Você poderá pensar e repensar a própria e todos aprenderemos a valorizar mais coisas simples, detalhes pequeninos, muitas vezes esquecidos, que vão desde a movimentação dos dedos até à mão que podemos estender a alguém que está triste, solitário, aguardando a solidariedade que podemos estender.
Emocione-se com a bela produção.
E se quisermos aprofundar a questão e estudar a história com a visão espírita, aí as conclusões são deslumbrantes e altamente abrangentes, até pelos temas, que vão desde o suicídio, como já citado, à complexa questão dos relacionamentos humanos.
E se pararmos para pensar nesse flagelo que é o suicídio, o filme despertou-me enorme vontade de dirigir-me aos desalentados do mundo para que reergam a cabeça, que se firmem na coragem, na resignação, que busquem a Deus sem receio, que busquem ajuda junto aos amigos, e que não se permitam entristecerem. Afinal a vida é muito preciosa para ser entregue à tristeza, para que seja destruída por um ou momentos de adversidade. Tudo passa e todos somos potencialmente capazes de vencer as adversidades. O grande segredo é confiar, perseverar, prosseguir!!!
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