Orson Peter Carrara
Encontramos no livro BOA NOVA (Chico Xavier/Humberto de Campos, edição FEB, capítulo 28 – O Bom Ladrão), no diálogo de Jesus com Thiago a preciosa informação: “(…) A alma fiel trabalha confiante nos designíos do Pai, que pode dar os bens, retirá-los e restitui-los em tempo oportuno, e caminha sempre com serenidade e amor, por todas as sendas pelas quais a mão generosa do Senhor o queira conduzir.(…)”.
Peço ao leitor refletir atentamente comigo. Observe: “pode dar, retirar e restituir”. Sim, realidade constatável a cada passo: Deus, a Sabedoria e Bondade Absolutas, tem o poder dessas circunstâncias com tudo que nos envolve a vida. Não é restrito a bens materiais, considere, ampliando-se para outros bens, inclusive dos afetos e oportunidades.
E prossegue o autor: “(…) A vontade de Deus, além da que conhecemos através de sua lei e de seus profetas, através do conselho sábio e das inclinações naturais para o bem, é também a que se manifesta a cada instante da vida, misturando a alegria com as amarguras, concedendo a doçura ou retirando-a, para que a criatura possa colher a experiência luminosa no caminho mais espinhoso. (…)”. O trecho é amplo e podemos tirar dele sábias reflexões. Convido o leitor a debruçar-se sobre o trecho com muita atenção…
A conclusão do ensino, todavia, é brilhante, ligando o assunto à alma fiel que usamos como título. Veja: “(…) Ter fé, portanto, é ser fiel a sua vontade, em todas as circunstâncias, executando o bem que ela nos determina e seguindo-lhe o roteiro sagrado, nas menores sinuosidades da estrada que nos compete percorrer. (…)”. Deixo à reflexão do leitor, indicando a leitura integral do capítulo citado.
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