Wellington Balbo – Salvador BA
O materialismo é uma realidade do mundo onde vivemos, e o problema maior nem é o materialismo em si, mas quando ele existe no seio dos espiritualistas, que, de maneira paradoxal, pensam e agem como materialistas.
Darei um exemplo bem claro e fácil de compreender como o materialismo faz parte da cultura de uma sociedade que se diz espiritualista.
Dia desses assisti uma entrevista da modelo Gisele Bündchen em que ela afirmava ter passado pela síndrome do pânico, algo que pode acontecer com qualquer um, independentemente da condição socioeconômica.
O que me chamou mais atenção foram os comentários das pessoas sobre o fato da modelo estar com síndrome do pânico.
Diziam o seguinte:
Como pode uma mulher linda e rica, que tem tudo, estar com síndrome do pânico?
Vamos analisar o que está na essência de uma pergunta deste tipo e indagar:
O que é ter tudo?
Em suma, a pergunta traz, na essência, o materialismo em nível altíssimo, pois mostra o conceito de que ter tudo resume-se a corpo bonito e conta bancária recheada.
Portanto, a modelo tem dinheiro e é bela, mas isso é apenas a parte material, e não podemos limitar a existência humana à moeda ou ao corpo, pois nós somos muito mais do que matéria.
Nós somos muito mais do que um corpo bonito. Somos muito mais do que a conta bancária, nós somos espíritos imortais. Nós temos tantas outras situações e tantos outros contextos para vivenciar que se torna incompreensível quando um espiritualista fala que um indivíduo tem tudo porque é bonito ou porque tem dinheiro. Não, ele não tem tudo.
Claro que como seres encarnados, vivendo aqui na Terra é importante ter a grana pra pagar o boleto que vence na segunda-feira, mas a vida não se resume a isso.
Este, portanto, é o cerne da questão, o espiritualista que pensa e age como um materialista. É muito importante quebrar essa força materialista. É preciso, de fato, introduzir a cultura da imortalidade da alma na sociedade.
E o que eu quero dizer com isto?
Quero dizer que nós precisamos começar a pensar como espíritos imortais que somos.
A vida é muito mais do que beleza do corpo e conta recheada.
Então, quando a cultura da imortalidade da alma estiver entranhada em nossa sociedade vamos olhar para as pessoas e não enxergar apenas um corpo bonito ou uma conta bancária, e isto vai transformar as relações humanas para melhor.
Portanto, antes de pensar em converter um materialista, ou, ainda, falar que a ciência pauta-se em bases puramente materialistas, cabe-nos, como espiritualistas, viver e pensar além dos rumos materialistas que segue a sociedade repleta de teóricos espiritualistas, mas que, na prática, seguem a cartilha do materialismo.
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