Wellington Balbo – Salvador BA
Alguns ateus como, por exemplo, o ator Gregório Duvivier, reclamam da complicação de ser ateu num país religioso como o Brasil. Logo que alguém se declara ateu, ou na própria expressão que estão utilizando “sai do armário” é visto de maneira pejorativa em nosso país, como se tivesse uma doença contagiosa.
Questões assim não são aplicadas apenas aos ateus, mas, sim as minorias de um modo geral. Os homossexuais também padecem com esse preconceito que não para por ai e bate forte nas mulheres, nos pobres, negros, nordestinos e etc. Atrevo-me a dizer que os grupos desprovidos de força, seja econômica, social ou quantitativa são os mais marginalizados. Vale salientar que essas minorias podem não obedecer a ordem quantitativa.
Creio, aliás, que a discussão sobre alguém ser ateu, homossexual, negro ou torcer para o Corinthians estão em campo secundário e tornam-se temas principais de nosso debate por conta de nossa inferioridade. É pura perda de foco do que é, realmente, nosso principal objetivo neste mundo.
Portanto, deveria importar pouco a orientação sexual ou religiosa de um indivíduo.
Não nos cabe aqui qualquer julgamento, como se nossa forma de proceder fosse a mais adequada.
Há problemas sérios a serem combatidos, mas que desprezamos porque nosso foco está em questões que, sinceramente, em nada contribuirão.
Sejamos francos:
Quê importa se alguém e ateu? O que isso muda na vida da sociedade? Quantos pobres deixarão de existir por isso? Aumentou o número de indivíduos alfabetizados? Diminuiram-se as chacinas que ocorrem todos os dias? Houve um “upgrade” espiritual de modo que iremos respeitar o próximo por conta disto?
Observe que todas as respostas acima são negativas.
Em realidade ser ateu ou não muda pouco as coisas. O que modifica mesmo são as atitudes do indivíduo em relação a ele próprio e o meio em que está inserido.
Mais vale ateus com caráter do que beatos corruptos. E, convenhamos, Deus não se ofende se acreditam ou não NELE. Estamos falando do absoluto, do Criador, da Inteligência Suprema… Quem se aborrece nas questões pertinentes a crença somos nós, Espíritos ainda imperfeitos, mas jamais Deus…
Vou parafrasear a inesquecível Dra. Elisabeth Kübler-Ross: Deus se sairá bem dessa! Pode crer, ateus e religiosos, Deus se sairá bem dessa descrença…
Afinal, é Deus…
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