O que muitas pessoas ignoram ou prejulgam acerca do dia a dia do médium ostensivo, responsável e atuante, é que este não é médium somente na casa espírita.
A missão se firma a cada instante, a cada exposição a diferentes sintonias, diferentes companhias espirituais.
O médium consciente tem de vivenciar o evangelho. Sim, sim. Não, não.
Sendo assim, se existe um trabalho de assistência espiritual, este não se limita a um ambiente físico. É o tempo todo. Seja acordado, dormindo, pensando nisso ou não.
O que muitos chamam de chatice do indivíduo, de puritanismo, são comportamentos necessários a tarefa designada e, diga-se de passagem, acertada antes da existência terrena atual.
Em termos mais claros: se o médium é médium passista, atua com dependentes do álcool, por exemplo, não pode ficar exposto o tempo todo a sintonias dessa natureza. É preciso manter o corpo físico e mental o menos “poluído” possível para que, ao chegar o momento do magnetismo (passe), possa ser manipulado o máximo de energias puras a fim de dissolver miasmas daqueles que vivem neste ambiente de viciação.
E é no trabalho mediúnico posterior que esta autoridade moral é colocada à prova a todo instante. Se quer ajudar na renovação, como pode se manter na mesma energia doente, se identificando?
Sendo assim, o médium que se reconhece nesta tarefa, é disciplinado e neste vocábulo, não reside lamentação. Ao contrário, reside agradecimento, visto que quanto maior a responsabilidade, certamente maior é a “dívida” moral ou espiritual contraída anteriormente.
Não exponha frases de pouco conhecimento quando um espírita, médium, diz que não bebe, fuma, etc. Este apenas expõe um fato e atua assim, quando não por preferência pessoal mesmo, é também por saber perfeitamente quais os mecanismos fluídicos envolvidos nestas práticas viciosas.
E quando este evita ambientes ou companhias que fazem uso constante destas substâncias, é porque sabe da necessidade de se manter pronto à tarefa, sem despender tempo e maior dedicação da espiritualidade para que este seja “limpo” a todo momento. Os assistidos esperam sequiosos por estas assistências e, se temos conhecimento de como isso tudo funciona, é obrigação não atrapalhar, pelo menos.
Se você acha que algum conhecido seu ficou chato, muito “Caxias”, muito puritano, considere a hipótese de uma pergunta simples direcionada a ele: – Por que? – ao invés de ser adepto dos rótulos sociais.
Você tem o direito de achar besteira isso tudo, mas tem o dever de se informar para não disseminar desinformações desanimando o próximo que busca o reajuste. Isso se este próximo não for você mesmo.
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