Mendigos da Misericórdia

Quantas vezes nos colocamos no lugar de pedintes, cruzamos os braços e esperamos que o Alto resolva nossos problemas? – Muitas.
Na vida teremos momentos ruins, mas como pessoas alérgicas à dor, caímos no desalento e no queixume sempre que a realidade não é aquela que esperávamos.
Na noite de 24/04/2025 foi recebida a mensagem abaixo transcrita, em reunião mediúnica no Centro Espírita Vinhas do Senhor, pela médium Aidalice Murta, que é um chamado à realidade e um esclarecimento oportuno com relação a importância da dor.

“Não olvides a importância da pedra que voa na direção do rosto. Cada calhau traz em si a condição de unir-se aos demais, edificando o templo do Amor e do Perdão. Assim, enxugai vossas lágrimas, volvei vossos olhos aos que emprestam as próprias mãos à dor.
Cada equívoco cometido, mais do que machucar a face alheia, macula a têmpora do agressor tanto quanto contribui para a consolidação do edifício da paz.
Largai, portanto, no solo da caridade, cada pedregulho arremessado em vossa direção, pois, enquanto a maioria dos olhos vê pedras, o artista do bem enxerga a escultura sublime a compor a obra magistral do Mestre da Galileia.
Lembrai, portanto, que sois servos e não senhores e que, sendo vosso Mestre um dia pendido no madeiro infamante, vós mesmos mais não sois do que ligeiros servidores tímidos da paz.
Não temais a dor, pois que, após a escalada dolorosa, a dádiva jubilosa da obra bem cumprida brilhará no tempo porvindouro que já bate à porta.
Acordai! Eis o tempo de abandonar a posição de mendigos da misericórdia e abraçar as esperanças e felicidades daqueles que amam, servem, trabalham, perdoam!
Escutai! Cada sílaba é, antes de tudo, uma gota de luz e de amor a vós que aqui estais a servir.
Tereis muitas páginas de letras e de hinos de louvor a Deus pela oportunidade do trabalho feito.
Estejais prontos!
O tempo de preparação está chegando ao fim. Cada um de vós deverá fazer a devida e difícil escolha para bem servir. Na Casa do Pai, cada consciência ditará a cada um de vós o devido dever a se cumprir.”

Mendigos da Misericórdia