Valdenir de Paiva Baggio
A paixão é um sentimento bom ou ruim?
Na realidade ela é o que fizermos dela, depende das nossas ações motivadas pela paixão.
Somos apaixonados por música: gostamos tão intensamente que decoramos letras, melodias, ano de lançamento, aprendemos a tocar e cantar com maestria, nos interessamos pelos compositores e discografia. Não tem nada de errado nisso tudo.
Somos apaixonados por videogame: tão apaixonados que perdemos a noção de tempo e responsabilidades para simplesmente ficarmos entretidos neste mundo virtual.
São dois casos bem comuns. Os dos entretenimentos nos encantam e ser apaixonados por eles só nos impulsiona a gostarmos intensamente. O problema é quando se extrapola os limites. No primeiro caso não houve (teoricamente) nenhuma interferência nas ações e rotinas. No segundo exemplo já há uma grande alteração negativa.
Por isso, é necessário entender que paixão é um impulso maior que nos ajuda a realizar uma ação. Quando não disciplinado, pode ser um mal, mas quando bem utilizado é de enorme importância.
A paixão nos motiva a concretização de objetivos, mas deve ser equilibrada e ponderada.
Quando apaixonamos por pessoas, devemos ter noção dos limites que esse sentimento traça, para que não venhamos a interferir negativamente ou impositivamente no livre arbítrio e na liberdade do próximo. A paixão, neste caso, pode ajudar a muito beneficiar a quem bem queremos, mas quando descontrolada, sem limites e sem noções de espaço, podem se tornar um enorme problema também.
Em suma, a paixão é um sentimento neutro, de ativação de sentimentos e ações. Sua duração pode ser curta ou longa, mas nunca confundamos paixão com amor (a coisas ou pessoas). Paixão tem prazo de validade, amor não.
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