Orson Peter Carrara
A transcrição é parcial. O texto é simplesmente maravilhoso. Pela impossibilidade de transcrição integral, destaco pequenos trechos. Após a introdução que situa a maneira como chegou para os diversos personagens apresentados pelo Evangelho e registrados pela história dos contemporâneos do Mestre, o autor destaca:
“(…)A mensagem do Cristo continua chegando às diversas seitas que se dizem cristãs, mas permanecem sem o Cristo… A mensagem do Cristo chega – nos tempos hodiernos – por meio da Veneranda Doutrina dos Espíritos desfraldando a bandeira da Fraternidade, da Caridade e do Conhecimento da Verdade, e é vilipendiada por muitos que até se dizem cristãos e negligenciada por outros tantos que se dizem espíritas… (…) chegou para os corações amorosos e compassivos de Madre Tereza de Calcutá, de Irmã Dulce, de Francisco Cândido Xavier e se reverteu em bênçãos para toda a humanidade em expansões de amor incondicional aos filhos do calvário… Tão altissonantes são essas mensagens que, passados dois mil anos, constituem e sempre constituirão o roteiro luminoso da emancipação espiritual, o marco maior da misericórdia do Pai para com a Humanidade… Os tempos são chegados. Urge não malbaratar a oportunidade de ascensão espiritual. (…)”
A introdução que antecede o texto acima, citando Paulo de Tarso, Maria, Judas, Marta, Nicodemos, entre outros citados coletivamente, falam das oportunidades aproveitadas ou desprezadas, com grande beleza de raciocínio. Porém, o autor conclui com mensagem do Espírito Francisco de Paula Vitor, extraída do livro Quem é o Cristo?, na psicografia de Raul Teixeira, em seu capítulo 11, do qual transcrevemos também parcialmente:
“(…) O homem do mundo está sempre correndo em busca do que vai comer ou beber e, se já o conseguiu, corre, agora, por conta da viagem, dos negócios, da atividade social. Desgasta-se, esfalfa-se, desgosta-se, e culpa a Vida por ser como é e por estar como está… A mensagem do Cristo chega para nós de diversos modos, cabendo-nos achar um jeito de determos um pouco a nossa excitação em torno de muitos nadas, buscando acrescentar conhecimentos no intelecto e harmonias e paz nos sentimentos. (…) No lar de Betânia, observando a boa, mas inquieta amiga, e percebendo toda a ansiedade que se lhe irrompia do íntimo, falou-lhe com suavidade, mas com a firmeza que a verdade exige: “Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Contudo, pouco se faz necessário, ou mesmo uma coisa só: Maria escolheu, pois, a melhor parte, e essa não lhe será tirada”. A pobre Marta se dá conta, titubeia, algo estonteada pela constatação de que sequer estava aproveitando a visita de tão importante e bom Amigo… e se acerca para ouvir também. Jesus Cristo é esse Amigo que nos visita o lar interno, trazendo-nos blandiciosas lições de Vida feliz e plena, esperando tão-só que Lhe ofereçamos um pouco de atenção, a fim de que esses filetes de ouro de sabedoria e sentimento, de que Se faz portador, penetre o nosso ser, como a parte melhor que nos impulsiona para a luz do Altíssimo”.
O texto tem o mesmo título que usamos na presente abordagem. É o capítulo 92 do suave livro Visão Espírita do Evangelho, do lúcido amigo Rogério Coelho, atualmente esgotado. O livro é de grande suavidade, pois que comenta trechos do Evangelho com grande sabedoria, em capítulos compactos, justamente aqueles que nos fazem meditar… Nesses tempos de tormenta moral, ele significa a paz que se procura.
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